terça-feira, 4 de outubro de 2011

Glória, Glória, Aleluia!





Nasceu o homem
Filho de uma mãe impura,
E tão miserável quanto ele.

Veio ao mundo aquele que,
Com seu rosto simples
Acorda todo dia pensando no fim do mesmo.

Sim, ele chegou,
O tão esperado homem que ia nos salvar,
Hoje senta cansado e assiste a desgraça no jornal.

Ele, magro, franzino
E sem esperanças,
Que talvez nem acredite mais em milagres.

Um homem que tem como religião
A batalha pelo próprio pão
O sustento de si e a lágrima que cai todos os dias.

Abençoado seja ele,
Que apenas atingirá a paz
No dia em que não mais acordar.


Uma poesia de Jaqueline Salmazo

Nenhum comentário:

Postar um comentário