Nasceu o homem
Filho de uma mãe impura,
E tão miserável quanto ele.
Veio ao mundo aquele que,
Com seu rosto simples
Acorda todo dia pensando no fim do mesmo.
Sim, ele chegou,
O tão esperado homem que ia nos salvar,
Hoje senta cansado e assiste a desgraça no jornal.
Ele, magro, franzino
E sem esperanças,
Que talvez nem acredite mais em milagres.
Um homem que tem como religião
A batalha pelo próprio pão
O sustento de si e a lágrima que cai todos os dias.
Abençoado seja ele,
Que apenas atingirá a paz
No dia em que não mais acordar.
Uma poesia de Jaqueline Salmazo
Nenhum comentário:
Postar um comentário